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A queda dos mercados globais continua. A guerra comercial declarada por Donald Trump contra grande parte do mundo segue em plena escalada. Os investidores, diante desse cenário de incerteza, deixaram de reagir aos dados econômicos — mesmo quando os indicadores mais recentes apresentam relevância. Aliás, esses números podem até piorar, caso a "terapia de choque" implementada para "curar" a economia dos EUA não produza os efeitos esperados.
Em meio ao caos global, um cenário curioso começa a se desenhar justamente nos Estados Unidos — o epicentro da atual turbulência. Os dados do mercado de trabalho divulgados na última sexta-feira foram surpreendentemente positivos. A criação de empregos no setor não agrícola somou 228 mil vagas, superando com folga a projeção de 137 mil e o número revisado de 117 mil em fevereiro. Embora a taxa de desemprego tenha subido de 4,1% para 4,2%, esse leve aumento ainda é considerado gerenciável.
Afastando-se momentaneamente da instabilidade nos mercados financeiros — com os índices norte-americanos retornando aos níveis de meados do ano passado — pode-se dizer que a criação de empregos reforça a resiliência da economia dos EUA.
No entanto, ao voltar à dinâmica dos ativos, é preciso admitir que os preços estavam inflacionados de forma insustentável há anos. A principal causa foi o excesso de liquidez — capital abundante e sem lastro — injetado pelo Federal Reserve no sistema financeiro para estimular a demanda e resgatar estruturas frágeis, como durante a crise imobiliária de 2008–2009. Esse fluxo de capital se espalhou pelo mundo, inflando também a dívida pública americana. Era inevitável que esse ciclo chegasse ao fim — e é exatamente isso que o governo Trump tenta enfrentar agora, por meio de medidas drásticas.
Os gráficos mostram claramente que os mercados acionários, sobretudo nos EUA, estavam sobrevalorizados. Uma terapia de choque mais intensa pode resultar em correções ainda mais profundas. O índice S&P 500 pode inicialmente cair para 4.000 pontos, com uma possível extensão até a região de 3.550 pontos. Essa pressão vendedora pode atingir também o apetite por ativos especulativos como as criptomoedas. O Bitcoin, por exemplo, pode recuar para a faixa de 60 mil dólares, enquanto outros tokens que subiram excessivamente tendem a seguir o mesmo padrão.
No que diz respeito ao dólar, o índice ICE dificilmente cairá abaixo da marca de 100 pontos. Por um lado, a retirada de liquidez do sistema tornará o dólar mais escasso, sustentando a demanda. Por outro, o aumento das tarifas e o risco de uma recessão ampliada devem impulsionar a inflação, o que limitaria cortes de juros futuros pelo Fed, ou até mesmo forçaria novos aumentos. Nesse contexto, o dólar pode voltar a se fortalecer frente às principais moedas, com possível exceção do iene japonês, que se beneficia da postura monetária restritiva do Banco do Japão.
Acreditamos que a aversão ao risco continuará predominando. Os investidores provavelmente aumentarão suas alocações em títulos soberanos de economias desenvolvidas, buscando proteção em ativos de menor risco. Os índices acionários devem seguir sob forte pressão vendedora, como já indicam as aberturas em gap de baixa nos mercados futuros. Um padrão semelhante é esperado também no mercado de criptomoedas, que tende a acompanhar o movimento de aversão generalizada.
Enquanto isso, é provável que o dólar americano se consolide frente a uma cesta de moedas principais, sustentado pela reaceleração das expectativas inflacionárias nos Estados Unidos.
O contrato CFD do índice S&P 500 abriu com um gap de baixa na segunda-feira. A continuação do sentimento de baixa e uma fuga generalizada para os títulos do Tesouro dos EUA podem levar a um rompimento abaixo do nível de suporte de 4805,80 e a uma nova queda para 4806,00 após a consolidação. Um possível ponto de entrada está em 4776,10.
O contrato CFD para o índice NASDAQ 100 também abriu com um gap para baixo. Se o sentimento de risco persistir e os investidores continuarem a se realocar em títulos do governo dos EUA, poderemos ver um rompimento abaixo do nível de suporte de 16.328,00 e uma nova queda em direção a 15.520,00, possivelmente após uma breve consolidação ou uma leve recuperação. Um possível ponto de entrada está em 16.205,60.
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*A análise de mercado aqui postada destina-se a aumentar o seu conhecimento, mas não dar instruções para fazer uma negociação.
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