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O mercado parecia ter atingido o fundo do poço — até que alguém bateu no fundo vindo de baixo. A liquidação de dois dias, provocada pelas tarifas generalizadas anunciadas por Donald Trump, resultou na quarta pior queda da história do índice S&P 500 desde sua criação em 1957. A desvalorização de 10,5% só foi superada pela crise da COVID-19 em 2020, pelo colapso do Lehman Brothers em 2008 e pela Segunda-Feira Negra de 1987. A correção recente apagou US$ 6,6 trilhões em valor de mercado das ações norte-americanas — e, até o momento, não há sinais de que os investidores estejam dispostos a "comprar o mergulho". A pressão de venda pode se intensificar ainda mais.
Do ponto de vista histórico, durante períodos de recessão, o índice S&P 500 costuma ser negociado a um múltiplo preço/lucro projetado (forward P/E) em torno de 15,6. Mesmo após a correção de março, esse múltiplo ainda se encontra em 23, sugerindo espaço considerável para mais quedas. Por isso, muitos investidores permanecem cautelosos, evitando a armadilha de tentar "aparar facas caindo".
Os fatores de baixa não desapareceram — na verdade, as tarifas agressivas impostas por Trump apenas os intensificaram. O JPMorgan agora prevê uma contração de 0,3% no PIB dos EUA em 2025, revisando sua estimativa anterior de crescimento de +1,3% e antecipando um cenário recessivo. Embora o Secretário do Tesouro, Scott Bessent, destaque a resiliência do mercado de trabalho e afirme que não há sinais concretos de desaceleração, os investidores permanecem céticos. Apesar do forte resultado do payroll de março, os dados de janeiro e fevereiro foram revisados para baixo, e a taxa de desemprego aumentou — o que pode muito bem representar a calmaria antes da tempestade.
A retaliação da China — com a imposição de uma tarifa de 34% sobre importações dos EUA — só agravou o cenário. Inicialmente, parecia que Pequim seria forçada a ceder, como aconteceu em 2018–2019. No entanto, desta vez, os EUA enfrentam o mundo inteiro, e não apenas a China. Washington pode acabar isolado, especialmente com Pequim sinalizando a adoção de um pacote de estímulo em larga escala para mitigar os efeitos das tarifas. A Europa também caminha na mesma direção, o que aumenta a atratividade relativa de seus mercados acionários e estimula a realocação de capital para fora da América do Norte.
O comportamento dos investidores é compreensível. Nos últimos 15 anos, investidores europeus ganharam 490% no S&P 500 graças ao fortalecimento do dólar, enquanto os norte-americanos obtiveram "apenas" 390%. Em contrapartida, os principais índices acionários europeus cresceram 220% em euros, mas apenas 150% quando convertidos em dólares. A Pictet Asset Management está moldando suas estratégias com base na expectativa de que o índice do dólar americano possa cair entre 10% e 15% nos próximos cinco anos. Nesse contexto, é realmente surpreendente que os fluxos de capital estejam cruzando o Atlântico em direção ao Leste?
Além disso, as tarifas impostas pela Casa Branca parecem ter impactado as ações norte-americanas com mais intensidade do que qualquer outro mercado. Essa percepção é reforçada pelo índice de volatilidade VIX, que atingiu seus níveis mais altos desde o auge da pandemia.
Do ponto de vista técnico, no gráfico diário do S&P 500, o risco de novas correções se intensifica à medida que o índice se aproxima dos níveis de pivô em 4.910 e 4.925 pontos. As posições vendidas previamente abertas no índice amplo devem ser mantidas e, se possível, reforçadas de forma gradual.
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*A análise de mercado aqui postada destina-se a aumentar o seu conhecimento, mas não dar instruções para fazer uma negociação.
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