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12.12.2024 04:05 PM
O dólar aposta no lucro

Será que os padrões anteriores ainda são relevantes? Uma análise da dinâmica sazonal das moedas no mercado Forex mostra que dezembro costuma ser um bom mês para o euro e um mês desfavorável para o dólar americano. De acordo com o serviço de análises e pesquisas MUFG, o par EUR/USD tende a se fortalecer no último mês do ano, mas perde esses ganhos entre janeiro e março. Esse padrão se manteve em dezembro de 2016, quando Donald Trump assumiu o cargo nos Estados Unidos. Mas isso significa que a história se repetirá?

Quando um investidor compra uma ação, o que ele prioriza: um balanço sólido ou lucros maiores? A resposta depende do que impulsiona o mercado — medo ou ganância. Do ponto de vista de um trader de ações, a Europa representa uma região com um balanço mais forte. Embora os problemas na França e na Itália sejam evidentes, a Zona do Euro apresenta uma relação dívida pública/PIB de 88,2%, que tem diminuído consistentemente desde o pico de 98,8%. Em contraste, a relação nos EUA é de 97,8% e continua a subir.

O balanço da Zona do Euro é, sem dúvida, mais sólido, mas os Estados Unidos oferecem lucros impressionantes. Sua economia cresce a quase 3%, enquanto uma expansão de 0,4% do PIB na Zona do Euro é considerada um desempenho forte.

Dinâmica da economia europeia
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Para estimular o crescimento econômico, seria prudente continuar com a redução das taxas de juros. Essa estratégia pode incentivar famílias e empresas a aumentar os gastos, em vez de poupar, oferecendo alívio a economias como a da Alemanha, afetada pela recessão, e a da França, que enfrenta desafios políticos. Todos os membros do Conselho do Banco Central Europeu (BCE) concordam com a necessidade de mais afrouxamento monetário, embora haja divergências sobre a eficácia dessa medida em revitalizar a economia, dependendo de ser a desaceleração cíclica ou estrutural.

Recentemente, o BCE reduziu as taxas de juros em 25 pontos base, situando a taxa principal em 3%, o nível mais baixo desde maio do ano passado. Essa decisão foi tomada após uma série de cortes graduais, refletindo um ajuste significativo na política monetária desde junho. A expectativa é de que os custos de empréstimos diminuam de 3,25% para 3,00%, com a taxa de depósito eventualmente alcançando 2,00%. Os mercados futuros preveem uma taxa ainda mais baixa, de 1,75%, ao final do ciclo de flexibilização. Instituições como Citi e PIMCO projetam uma queda mais acentuada, com a taxa terminal atingindo 1,50%.

Dinâmica e previsões para a taxa de depósito do BCE

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A diferença atual nos custos de empréstimo entre os EUA e a Zona do Euro é de 150 pontos-base (bps). Até o final de 2025, espera-se que essa diferença aumente para 175 a 200 bps, ampliando ainda mais os spreads de rendimento nos mercados de dívida das duas regiões. Isso provavelmente sustentará a tendência de baixa do EUR/USD. A política "América Primeiro" de Donald Trump pode intensificar essa divergência. Estímulos fiscais devem impulsionar o PIB dos EUA, enquanto tarifas comerciais podem prejudicar o crescimento na Zona do Euro.

No gráfico diário, os vendedores de EUR/USD romperam o valor justo do par e parecem prontos para retomar a tendência de baixa. É necessário um rompimento decisivo abaixo da área de suporte de 1,0455–1,0460 para confirmar essa direção. Tal movimento abriria oportunidades para aumentar as posições vendidas. Caso contrário, pode ser interessante considerar a mudança de vendas para compras.

Marek Petkovich,
Analytical expert of InstaTrade
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