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O mercado acionário dos E.U.A. encerrou a terça-feira em território negativo, com o Dow Jones Industrial Average caindo pela nona sessão consecutiva. Isso reflete a cautela dos investidores, que aguardam o anúncio da política do Federal Reserve.
As vendas no varejo dos E.U.A. subiram mais rápido do que o esperado em novembro, impulsionadas por um aumento notável nas compras de automóveis. Isso mostra que o impulso econômico subjacente está estável, apesar das contínuas pressões inflacionárias.
Os investidores estão aguardando a declaração do Fed na quarta-feira, que provavelmente confirmará um corte de 25 pontos-base na taxa. No entanto, o principal resultado será uma previsão econômica atualizada e os comentários do presidente do Fed, Jerome Powell. Esses dados ajudarão a entender o quanto o banco central está determinado a cortar as taxas em 2025.
A situação econômica, apesar dos desafios atuais, está mostrando resiliência. A inflação continua elevada, o que pode forçar o Fed a ser cauteloso no ritmo de flexibilização monetária. Os investidores também estão considerando a perspectiva de medidas de estímulo do novo governo Trump, o que poderia desencadear novos aumentos de preços.
Em meio a uma economia forte e riscos persistentes de inflação, o Fed terá de encontrar um equilíbrio entre o apoio ao crescimento econômico e o monitoramento da estabilidade de preços.
Os índices de ações dos EUA apresentaram dinâmica negativa na terça-feira:
Embora o índice Nasdaq tenha atualizado recordes de alta na segunda-feira e o S&P 500 tenha mostrado um crescimento impressionante de 27% desde o início do ano, o Dow Jones continua sob pressão. O nono dia consecutivo de queda tornou-se o período mais longo de queda desde fevereiro de 1978.
Os rendimentos do Tesouro permaneceram voláteis durante todo o dia, refletindo as preocupações dos investidores sobre o próximo anúncio hawkish do Fed. O esperado corte nas taxas pode ser acompanhado por sinais de mais cautela.
Quase todos os 11 principais setores do S&P 500 terminaram o dia no vermelho. O setor industrial (.SPLRCI) liderou a queda, perdendo 0,9%. No entanto, o setor de consumo discricionário se destacou, subindo 3,6%.
Os ganhos do setor foram liderados pela Tesla (TSLA.O), que saltou com base nas melhores previsões da Mizuho e da Wedbush. Ambos os analistas elevaram suas metas de preço para a empresa para US$ 515, bem acima de seus níveis anteriores.
O Índice de Volatilidade CBOE (.VIX), conhecido como o "medidor de medo" de Wall Street, subiu acima de 15 pela primeira vez em três semanas, fechando em 15,87. Esse é o valor mais alto desde 21 de novembro.
O Russell 2000 (.RUT), um índice de empresas de pequena capitalização, caiu 1,2%. Essas empresas são tradicionalmente mais sensíveis às mudanças nas taxas de juros, o que as torna mais vulneráveis no atual ambiente de mercado.
Os mercados financeiros continuam a apresentar volatilidade alimentada pelas expectativas das decisões do Federal Reserve. Os investidores estão monitorando de perto os sinais sobre o curso futuro da política monetária, o que está aumentando o nervosismo nas negociações
As ações da Pfizer (PFE.N) subiram 4,7% depois de divulgar previsões de lucros para 2025. Apesar das expectativas cautelosas do mercado, os resultados da fabricante de medicamentos ficaram em linha com as previsões dos analistas de Wall Street, provocando uma reação positiva dos investidores.
Na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE), o número de ações que encerraram o dia em baixa foi quase três vezes maior do que o número das que avançaram (uma proporção de 2,77 para 1). Na Nasdaq, o quadro foi um pouco menos dramático, mas ainda a favor do declínio - 1,79 para 1.
O mercado continua a mostrar uma divergência no sentimento:
Esses dados indicam instabilidade e dualidade no sentimento dos investidores, com alguns ativos atingindo recordes de alta, enquanto outros estão sofrendo pressão significativa.
O volume de negociação nas bolsas dos EUA na terça-feira foi de 16,17 bilhões de ações, o que é significativamente maior do que a média dos últimos 20 dias de negociação (14,11 bilhões de ações). Esse aumento na atividade reflete a tensão em antecipação à decisão do Federal Reserve.
O mercado de criptomoedas também não ficou de fora: O Bitcoin atualizou seus recordes de alta. Enquanto isso, os rendimentos do Tesouro dos EUA permaneceram estáveis, sugerindo alguma restrição antes do esperado corte hawkish do Fed.
O Dow Jones Industrial Average encerrou sua nona sessão consecutiva no vermelho, sua mais longa sequência de perdas desde 1978. A queda prolongada continua a lembrar o mercado das dificuldades que suas blue chips estão enfrentando.
Paul Nolte, estrategista sênior e consultor de gestão de ativos da Murphy & Sylvest, descreveu o ambiente atual do mercado como uma "pausa temporária". Ele disse:
"O mercado está oscilando em torno das máximas de todos os tempos, mas estamos vendo uma clara divergência entre as ações de crescimento e de valor, e entre as ações de grande e pequena capitalização. Essas mesmas tendências estavam presentes no início do ano e estão ressurgindo nos últimos dias de negociação de 2024." O mercado financeiro está atualmente em um ponto de equilíbrio entre a incerteza da política monetária e as esperanças de maior crescimento. Os investidores estão observando atentamente os resultados da reunião do Fed para determinar a estratégia futura.
Esta semana tornou-se fundamental para a política monetária global: além do Federal Reserve dos EUA, os bancos centrais do Japão, Grã-Bretanha, Suécia e Noruega realizarão reuniões. Espera-se que o Banco do Japão, o Banco da Inglaterra e o Banco da Noruega mantenham os parâmetros atuais de política, deixando as taxas inalteradas. O Riksbank (Suécia), ao contrário, deve reduzir as taxas para apoiar a economia em desaceleração.
Essas decisões, juntamente com os resultados da reunião do Fed, terão um impacto significativo sobre os mercados financeiros globais, definindo a direção para os próximos meses.
Os membros do Comitê Federal de Mercado Aberto iniciaram uma reunião de dois dias na terça-feira, que terminará na quarta-feira. A maioria dos especialistas e participantes do mercado concorda que o regulador reduzirá a taxa básica em 25 pontos-base.
Entretanto, não é apenas o corte da taxa em si que será um evento importante. Os investidores estão aguardando a publicação do documento que o acompanha - o Resumo das Projeções Econômicas (SEP). Esse relatório pode esclarecer os planos do Fed para o próximo ano, especialmente no contexto de inflação alta e dados econômicos sólidos que permitem que a política monetária permaneça rígida.
Robert Pavlik, gerente sênior de portfólio da Dakota Wealth, acredita que o atual corte nas taxas pelo Fed é uma medida ditada tanto pelas expectativas do mercado quanto pelos compromissos do próprio regulador. "O corte da taxa já está precificado. O Fed deveria ter agido dentro da estrutura de suas promessas anteriores, dado o consenso do mercado", observou ele. Em seguida, de acordo com Pavlik, o Fed provavelmente fará uma pausa em suas ações para esperar por sinais mais claros sobre a desaceleração da inflação.
As decisões dos bancos centrais dos EUA e de outros países definirão a direção da economia global em meio a preocupações crescentes sobre a volatilidade dos preços e a diferença de crescimento entre os mercados desenvolvidos e emergentes.
Os investidores de todo o mundo estão observando atentamente as reuniões, reconhecendo que agora estão tomando forma as condições que moldarão a dinâmica do mercado e a estratégia de política monetária em 2025.
O último relatório de vendas no varejo dos EUA superou as estimativas dos analistas, demonstrando a força da economia americana. O número confirma que os gastos dos consumidores continuam a impulsionar o crescimento, apesar das pressões inflacionárias e do aperto monetário.
Ao mesmo tempo, a China, a segunda maior economia do mundo, apresentou um enfraquecimento acentuado nas vendas no varejo. Os dados fracos enviaram um sinal preocupante aos mercados globais, destacando que a recuperação da demanda da China enfrenta ventos contrários significativos.
O contraste entre a resiliência do consumidor norte-americano e a desaceleração da demanda chinesa está aumentando as preocupações sobre os desequilíbrios na economia global. Se a demanda doméstica nos EUA continuar a apoiar o crescimento, isso poderá compensar parcialmente o enfraquecimento da demanda global, mas a perspectiva de longo prazo depende da recuperação dos mercados asiáticos.
Os especialistas alertam que a situação atual exige uma abordagem equilibrada dos bancos centrais globais, já que dados fortes em algumas regiões podem não neutralizar as tendências negativas em outras.
Os índices acionários europeus atingiram as mínimas de duas semanas na terça-feira. A queda foi sentida mais fortemente nos setores de energia e saúde, que ficaram sob pressão em meio às expectativas de decisões dos bancos centrais e dados econômicos fracos da China.
Dados fracos da China, um importante impulsionador da demanda, aumentaram as preocupações com o crescimento econômico global, pesando sobre o sentimento dos investidores em todo o mundo.
O mercado de títulos dos EUA também reagiu com cautela. O rendimento da nota do Tesouro de 10 anos caiu para 4,395%, recuando de uma alta de três semanas registrada no dia anterior.
Esses movimentos refletem as expectativas dos participantes do mercado antes da reunião do Fed, que pode ser o principal evento da semana.
Esta semana promete ser movimentada para os mercados globais, já que os participantes aguardam as decisões do Fed, do Banco da Inglaterra e de outros formuladores de políticas. Ao mesmo tempo, os dados negativos da China estão aumentando a incerteza e pressionando os mercados já voláteis.
Os investidores estarão atentos a novas declarações dos bancos centrais, que poderão fornecer mais clareza sobre a política futura em meio ao enfraquecimento da demanda global.
A moeda dos E.U.A. apresentou um ligeiro aumento em relação a uma cesta de moedas globais após a publicação dos dados de vendas no varejo, que superaram as expectativas, reforçando a confiança de que a economia dos E.U.A. mantém seu ímpeto. Entretanto, os participantes do mercado continuam a avaliar a possibilidade de um corte mais gradual das taxas pelo Federal Reserve no próximo ano.
O Bitcoin renovou seus recordes de alta em meio ao crescente interesse dos investidores e às discussões sobre a criação de uma reserva estratégica de bitcoin nos Estados Unidos, proposta pelo presidente eleito Donald Trump.
Essas oscilações destacam o papel crescente das criptomoedas na economia global, embora a volatilidade continue significativa.
Os preços mundiais do petróleo caíram, reagindo a dados econômicos fracos da Alemanha e da China, o que aumentou as preocupações sobre uma desaceleração na demanda global.
Os dados mais uma vez levantam questões sobre o equilíbrio do mercado global de petróleo, onde as perspectivas de recuperação da demanda são confrontadas com a instabilidade econômica.
Os preços do ouro caíram, já que um dólar mais forte e as expectativas de um corte modesto na taxa de juros pelo Federal Reserve no próximo ano reduziram o apelo do metal como ativo porto-seguro.
Os mercados de metais continuam intimamente ligados ao dólar dos EUA, o que torna o ouro sensível a mudanças na política do Fed.
Os mercados financeiros estão misturados, com o dólar e as criptomoedas subindo, enquanto os preços do petróleo e do ouro caem. Em meio à incerteza contínua na economia global, os investidores continuam a monitorar as políticas dos bancos centrais e os principais indicadores econômicos.